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PROJETO RESTAURA2020

OBJECTIVO 1
 

Identificar e mapear a presença da espécie invasora S. patens na Reserva Natural do Estuário do Tejo

A espécie halófita Spartina patens foi introduzida nos sapais portugueses no século XIX por via do tráfego marítimo, encontrando-se hoje em grande expansão em vários estuários mediterrânicos. No caso do estuário do Tejo esta espécie já se encontra em vários sapais com áreas de colonização significativas. 

OBJECTIVO 2

Proteger e revitalizar as flora e fauna aquáticas que contribuem para melhorar o ambiente aquático com vista à manutenção da função de viveiro e das atividades de pesca que delas dependem.

Os sapais prestam ainda um importante serviço de aprovisionamento, estimulando a produção de espécies pesqueiras relevantes como moluscos bivalves, crustáceos e peixes. Devido à sua complexa e concentrada estrutura vegetal, os sapais proporcionam um habitat inacessível a peixes predadores de grandes dimensões, proporcionando assim proteção e abrigo para o crescimento e sobrevivência de peixes juvenis, camarões e outros invertebrados.

OBJECTIVO 3

Recuperar as capacidades do ecossistema para a reprodução de espécies e proteção de juvenis, bem como proteger e melhorar o ambiente no âmbito da Rede Natura 2000, quer do ponto de vista da proteção da biodiversidade endémica quer em prol da gestão sustentável dos recursos e das atividades da pesca.

A implementação de um projeto no sentido da remoção de espécies invasoras agressivas e de restauro do ecossistema sapal é uma oportunidade sem precedentes para obter o conhecimento que permitirá escolher medidas de recuperação e gestão sustentável eficazes, com benefícios económicos diretos para as atividades associadas à pesca, contribuindo deste modo para proteção dos recursos naturais e preservação dos valores ambientais dos estuários.

OBJECTIVO 4
 

Restaurar o equilíbrio da teia trófica com vista à preservação dos stocks de espécies piscícolas e de bivalves com valor económico para as comunidades piscatórias envolventes.

Em todo o mundo são vários os casos de estudo onde se levou a cabo a remoção de espécies não-indígenas, quer através de meios químicos quer através de meios físicos. Em Portugal não existem quaisquer estudos levados a cabo neste sentido em sistemas de sapal. A perda e degradação destes habitats tem fortes impactos sócio-económicos. É necessário inverter a atual tendência de declínio de biodiversidade florística dos sapais, promovendo a integração do conhecimento para o desenvolvimento de estratégias de restauro integradas com eficientes ferramentas de gestão e monitorização.

OBJECTIVO 5

Desenvolver metodologias de restauro e proteção da vegetação endémica adequadas para aplicação em áreas de sapal igualmente afetadas pela presença de espécies invasoras.

A implementação da metodologia aqui apresentada permitirá criar planos de ação tipo para o acompanhamento da recuperação dos sapais alvo, nomeadamente na área de intervenção da RNET permitindo assim compreender qual a melhor abordagem para proceder ao restauro destes ecossistemas após a remoção das espécies invasoras, bem como os impactos físico-químicos, biológicos e económicos da recuperação das populações endémicas. Uma visão integrada do sapal e zona circundante, incluindo da estrutura da teia trófica, permitirá também estabelecer a interligação entre o sedimento, a planta, e a biodiversidade dos consumidores bem como distinguir efeitos naturais e efeitos das atividades antropogénicas no estado do ecossistema.

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